O senador Roberto Requião (PMDB/PR) cobrou nesta terça-feira (22) uma posição dos candidatos à Presidência da República e dos partidos sobre a venda de ações do Banco do Brasil para estrangeiros. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso permitiu à época a compra de 5% das ações. O ex-presidente Lula subiu o patamar para 20%. E agora a presidente Dilma Rousseff ampliou para 30%.
“Não é ingresso de capital. É liberdade para que estrangeiros comprem na Bolsa ações de acionistas brasileiros. E a do Banco do Brasil não está nos melhores momentos. Embora o Banco do Brasil seja o grande banco que opera na América do Sul e um dos bancos que operam com maior lucro no mundo”, ressaltou o senador.
Requião lembrou que os dividendos pagos pelo valor das ações pelo Banco do Brasil somaram 9,8%. No Bank of America 0,25% e no Banco Itau, 3,4%. “Então, que sentido tem permitir que estrangeiros comprem ações do Banco do Brasil? Não tem nenhum. Porque sequer é aumento do capital. É simplesmente a possibilidade de abrir as ações do Banco do Brasil para especulação por estrangeiros”.
“Por que a Dilma fez isso? Por que o Banco Central autorizou? Por que o Banco do Brasil pediu? É alguma coisa para favorecer os interesses privados no mercado e não o interesse de brasileiros no mercado. Acho isso rigorosamente um absurdo”, disse o senador, anunciando que vai propor decreto para anular a autorização de compra por estrangeiros de ações do Banco do Brasil.