O senador Roberto Requião fez nesta quinta-feira (22), da tribuna do Senado, uma “conversa franca” com o vice-presidente Michel Temer e o PMDB, cobrando do partido um papel correspondente ao de principal agremiação política do país e de fiador do atual governo federal. Segundo Requião, em vez de ser protagonista na cena política nacional, o PMDB conforma-se à condição de linha auxiliar: “Parece que estamos satisfeitos com a condição de partido que maios nomeia correligionários”, afirmou.
O senador fez uma rápida análise da conjuntura econômica, demonstrou a gravidade da crise e perguntou se o vice-presidente e outros dirigentes do partido são ouvidos pelo governo federal à busca de alternativas para o impasse. Segundo Requião, em respeito ao peso do partido, à sua história, e por deter a vice-presidência da República e o comando das duas Casas do Congresso, seria de se esperar que fosse ouvido e repeitado. “Mas não é nem assim”, constatou o senador.
Requião fez três propostas para “sacudir o PMDB da pasmaceira”: seminário para discutir a crise financeira global e a elaboração de um programa econômico para o país; convenção nacional extraordinária para debater o programa econômico e elaborar uma proposta de reforma política; lançamento de candidatura própria à presidência da República, com base nas propostas econômica e política.
Veja a seguir o vídeo com a “conversa franca” de Requião com Temer e o PMDB.
As questões levantadas pelo senador Requião são muito pertinentes e já deveriam estar em pauta há muito.
Um partido que se resigna a mero coadjuvante, sem programa de governo e agarrado a uma tal fisiologia, só tende a perder a confiança do eleitorado com o tempo (e com razão…).
Ulysses Guimarães deve estar se revirando no túmulo.