O senador Roberto Requião (PMDB/PR) comentou a agenda desta terça-feira (12) do Senado. Na pauta estão a minirreforma eleitoral e o voto aberto, que acaba com as deliberações secretas no âmbito do Legislativo. “A minirreforma eleitoral é uma verdadeira piada. E a única medida consequente que nós poderíamos tomar é a revelação, durante a campanha, dos financiadores de campanha de cada candidato. Mas, está tendo uma fortíssima oposição”, revelou.
Segundo Requião, os senadores não querem revelar aos eleitores quem financia suas campanhas. “Assim, nós eleitores, vamos votar não sabendo quem está vinculado a quem. Quem financia e quem irá, de certa forma, dirigir a opinião do candidato financiado”, completou. O argumento usado pelos senadores é que os financiadores de campanha podem ser perseguidos politicamente.
“Bobagem total. Porque se se revela o financiador depois da campanha, a perseguição poderia se dar do mesmo jeito e muito mais forte no caso do governo ser mantido contra a posição do candidato financiado. É uma coisa absolutamente imoral e ridícula”, opinou.
Sobre a questão do voto aberto, Requião é a favor da medida. “Nós somos mandatários. O mandante é o eleitor. Nós não podemos ocultar o nosso voto em circunstância alguma do eleitor. É como se um advogado não dissesse ao cliente o teor da defesa que vai fazer em juízo. Não tem nenhum cabimento ocultar o voto. É covardia. É imoralidade”, finalizou.