A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul concordou em remarcar para dezembro a 28º sessão ordinária do Parlasul que, agendada para o início deste mês, não se a realizou por causa da ausência dos parlamentares do Paraguai.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), indicado para a vice-presidência do colegiado, explicou que a representação brasileira decidiu apoiar uma proposta apresentada pelo presidente do Parlasul para que a reunião de dezembro seja realizada mesmo com a ausência de alguma bancada.
– Queremos que o Paraguai volte ao Parlasul, mas a volta do Paraguai só será oficializada com a ida do país a uma reunião. A reunião de novembro foi suspensa, porque o Paraguai decidiu não comparecer, e nada impede que a gente faça a reunião com os outros países – disse o senador.
Requião também informou que há a ideia de adotar no Parlasul um dispositivo já usado no Mercosul, que é o fast track. Desta forma, explicou, se algum país faltar às sessões do parlamento, as decisões poderão ser tomadas e o país faltoso terá 30 dias para contraditar o que foi definido. Se isso não acontecer, prevalece o que foi aprovado.
– Nós não podemos continuar com as idiossincrasias de governos em determinados momentos, que impedem a continuidade do Parlasul. Esse poder de veto pela ausência tem que desaparecer – afirmou.
Para Requião, todo entrave ao funcionamento do Parlamento do Mercosul prejudica a integração regional, retardando as possibilidades de uma ação conjunto dos países do bloco para enfrentar a crise econômica global. “O Parlasul é requisito essencial para fazer avançar a integração. E sem uma forte, sólida integração continental cada um dos países da região será presa fácil dos países do Norte”, afirmou o senador.
Depois de ter presidido o Representação Brasileira por dois anos, o senador Roberto Requião foi indicado para a vice-presidência do Parlasul, condição que o fará presidente do colegiado, já que esta função é rotativa.
Foto: Wladimir Barreto / Agência Senado
(Com Agência Senado)