“Quando o assunto é privatização, o governo, a mídia e a oposição, por maior que seja a barbaridade cometida, estão todos juntos. Por isso que eu tenho dito que nada mais me parece o Fernando Henrique (Cardoso) no poder do que a nossa presidenta Dilma (Rousseff)”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB/PR) nesta terça-feira (26).
Requião citou o leilão dos aeroportos de Confins (Minas Gerais) e Galeão (Rio de Janeiro). “Então eles dizem: entrarão no cofre da União R$ 20,8 bilhões. Minha gente, R$ 10,24 milhões vão sair dos cofres da Infraero, que é uma estatal, que terá 49% dos consórcios”, afirmou.
“Além disso, noticia-se que o BNDES deve financiar até 70% dos investimentos previstos no Galeão. E tudo isso durante 25 a 30 anos. E eles não contabilizam o fato de que hoje os aeroportos – que são da União – já estão recebendo taxas de embarque e alugueis de espaços. Portanto, estes R$ 20,8 bilhões que serão recebidos ao longo de 25 a 30 anos não têm esta magnitude toda”, garantiu.
Requião também ressaltou que as empresas privadas que receberão dinheiro do BNDES vão fazer as obras pelo preço que quiserem e terão lucros aumentados pelas taxas e alugueis pagos pelos passageiros e usuários. “Portanto isto não foi nem uma privatização, nem uma concessão. Isso tudo não passou de uma ‘ação entre amigos’, doação de aeroportos públicos brasileiros a grupos privados”, finalizou.
Página IncialNotíciasPrivatização de aeroportos foi ação entre amigos , diz Requião