“É claro que é desejável o equilíbrio das contas do governo. O governo não deve gastar mais do que arrecada. Mas temos que entender que esta história de superávit primário foi uma exigência do Fundo Monetário Internacional dos credores do Brasil. Esta história de superávit primário é uma escravização do governo brasileiro. O governo deve andar equilibradamente. Mas não pode abrir mão dos investimentos que garantem o desenvolvimento”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB/PR).
O senador também enfatiza que a dívida externa nunca foi auditada e que a exigência de um superávit primário poderia causar a paralisação do Brasil. O projeto que flexibiliza a meta do superávit primário do governo federal deste ano na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013 permite ao Executivo abater da poupança fiscal todos os gastos realizados com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações de tributos concedidas ao longo do ano.
“Nenhum país se submete a isso. As dívidas são negociadas. Votar contra a nova LDO que flexibiliza o tal pagamento do superávit primário coloca o Brasil numa posição de insolvência com prejuízo para o trabalho, para o emprego, para os municípios e para os Estados. É contra os interesses do povo brasileiro. E contra o Brasil nós não podemos ficar”. O projeto será votado na próxima terça-feira (02), às 12h.
“Nós vamos flexibilizar porque é uma solução que está posta. E desta forma vai preponderar o interesse nacional. E o Congresso, que nunca faltou com o Brasil, não vai dar as costas ao Brasil neste momento difícil”, afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros.
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