Requião apóia entrada da Bolívia e do Equador no Mercosul
O ingresso da Bolívia e do Equador no Mercosul, como membros plenos, conta com o apoio do presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul), senador Roberto Requião (PMDB/PR).
A iniciativa de aproximação com os dois países foi anunciada na terça-feira (20) aos parlamentares brasileiros pelo alto representante-geral do bloco, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães.
“É do interesse do Brasil a constituição de um mercado sul-americano. Vemos com agrado essas intenções de ingresso”, disse Requião.
Durante audiência pública promovida nesta semana pela representação, Guimarães informou haver recebido do Conselho do Mercado Comum (CMC), órgão máximo do Mercosul, um mandato para negociar a adesão dos dois novos países, e anunciou que nas próximas semanas viajará à Bolívia e ao Equador.
O bloco é atualmente composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está em fase de adesão: falta apenas a aprovação do Poder Legislativo do Paraguai para seu ingresso definitivo no Mercosul.
A Bolívia e o Equador já são associados ao bloco desde 1996 e 2004, respectivamente. Caso tornem-se membros plenos, acrescentarão 25 milhões de habitantes ao total do bloco.
Se for confirmado ainda o ingresso da Venezuela, a população geral do Mercosul alcançará 295 milhões. A União Europeia, mais importante bloco econômico do mundo, conta com 456 milhões pesssoas distribuídas por 27 países.
Regimento – Requião informou ainda que, no final da próxima semana, será realizada, em Montevidéu, uma reunião da Mesa Diretora do Parlasul e de assessores técnicos dos países representados no parlamento para debater a reforma do Regimento Interno.
As propostas em discussão procuram garantir maior peso político nas votações aos países de menores bancadas, Paraguai e Uruguai, por meio da exigência de maiorias qualificadas em diversos tipos de votações.
“Se chegarmos a um acordo, a um entendimento a esse respeito, logo mais à frente estaremos marcando a nossa primeira reunião [a primeira sessão do ano do Parlasul”, disse Requião.
(Jornal do Senado)