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Requião alerta para a volta da maracutaia na concessão de PCHs

Requião alerta para a volta da maracutaia na concessão de PCHs

O senador Roberto Requião (PMDB/PR) gravou e postou no site e Youtube um vídeo falando sobre as PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas – que costumam ser construídas em rios de pequeno e médio porte que possuem desníveis durante seu percurso e têm capacidade instalada inferior a 30MW.
Requião lembrou que a Copel tinha um mapa de todos os rios do Paraná com todas as possibilidades de construção de usinas hidrelétricas e que houve vários pedidos de concessão na gestão que o antecedeu frente ao Governo do Paraná.
No entanto, segundo o senador, a maioria destas pessoas não pretendia construir uma usina. Queria apenas ter a concessão para poder vendê-la depois. Mesmo assim, mais de 200 licenças foram distribuídas.
Na época, o Brasil tinha um programa de financiamento do BNDES para obras de infra-estrutura que financiava até 80% do valor das hidrelétricas. “A Copel entraria, com estes ‘amigos do poder’, como sócia minoritária. Eu acabei com isso. Aprovei uma lei da Assembléia Legislativa que a Copel só poderia participar como majoritária”, afirmou.
Requião explicou que sendo a Copel majoritária, a construção de uma PCH sempre seria objeto de uma licitação e o preço mais baixo garantiria a obra a um empreiteiro. “Quando a Copel é minoritária, o grupo privado faz a obra pelo preço que quiser, o que significa um superfaturamento já na construção da usina”, afirmou.
Como a obra seria 80% financiada pelo BNDES, empreiteiras fariam a obra praticamente com investimento zero e posteriormente a Copel compraria a energia gerada. “O cálculo, à época, é que em seis anos a usina se pagaria e o dono da usina ficaria ganhando ao longo da sua vida inteira sem ter despendido um único Real”, disse.
Mau negócio – Requião recordou que a presidente Dilma Rousseff, quando foi ministra das Minas e Energia, estabeleceu que as distribuidoras teriam que comprar a energia por um preço máximo que hoje fica ao redor de R$ 140 MW/h. “Da noite para o dia passou a ser um mau negócio construir PCHs”, contou o senador.
“Se for superfaturada a obra, o custo da energia fica muito alto. Mas de qualquer forma o custo fica alto. Se a PCH for vender por mercado livre, ela está inviabilizada porque as usinas de médio e grande porte têm na escala de produção um preço de energia muito mais barato”, explicou.
Beto Richa anunciou que vai liberar licenças para a construção de uma série de usinas É a continuidade daquela negociata de compadres que se iniciou no governo que me antecedeu. O que esta gente vai fazer agora? Construir usinas não vão porque o negócio deixou de ser aquela maravilha que era. Mas vão ficar com as licenças para tentar negociar mais adiante
Maracutaia – Na opinião de Requião, o anunciou feito pelo governador Beto Richa de que as concessões para instalação das PCHs serão retomadas, lembra práticas do passado, que prejudicaram a economia do Paraná.
Requião destacou que nos últimos leilões do Governo Federal não entrou nenhuma PCH. “Este Lindolfo (Zimmer), que era parte da administração do Ingo Hubert na época que distribuíram mais de 200 concessões, hoje é o presidente da Copel. E pelas mãos dele e do Beto Richa estão liberando este processo todo”, lamentou.
“A maracutaia é ficar com a concessão esperando o melhor momento para venda. O negócio maravilhoso eu impedi quando exigi, inclusive por lei, que a Copel fosse majoritária. São negociantes. Não são governantes”, acusou o ex-governador.

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