Requião diz que Brasil e Mercosul devem se proteger para enfrentar crises
“A China entra em crise. Diminui sua capacidade de compra de minério e de ferro. Continua comprando soja e outras commodities ainda. A crise bate às nossas portas. A tal ‘marolinha’ toma proporções de uma onda gigante. O Brasil precisa se defender, se industrializar”, alertou o senador Roberto Requião (PMDB/PR).
Para ele, é preciso fortalecer a relação comercial entre os países do Mercosul e elevar as tarifas cobradas para entrada de produtos de fora do bloco. “A Argentina propõe ao Brasil uma parceria do Mercosul para elevação das tarifas de importação. É uma defesa efetiva, corajosa e firme da indústria nacional”, avaliou.
O Brasil ainda não tomou posição e declarou que ainda estudará a ideia. “Nós ficamos exitando. Dizemos que estamos investigando importações desleais. Conversa mole, entreguismo e frouxidão. A proposta da Argentina é uma proposta que nós devemos aceitar”, disse Requião.
O Mercosul cobra de outros países hoje uma tarifa de importação média de 10%, segundo o Itamaraty. A alíquota máxima permitida pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para produtos industrializados é de 35%. Desde 2011 a Argentina vem aumentando as ações protecionistas. Os importadores argentinos passaram a precisar obter permissão antecipada do governo para comprar de outros países.
Requião também defendeu a entrada da Venezuela no Mercosul, que hoje é composto por Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. O senador lembra que a Venezuela tem US$ 300 bilhões de Produto Interno Bruto (PIB). “A resistência está na unidade dos nossos países. O resto é conversa para boi dormir”, acredita.
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