Na reabertura dos trabalhos do Senado, nesta quinta-feira (1º), a senador Roberto Requião demonstrou que a crise econômica global cerca o Brasil de graves ameaças, e que nem o governo e nem os partidos têm uma estratégia de combate para enfrentar e debelar tais riscos. Segundo ele, enquanto os políticos reagem com indiferença “ ao vendaval que se aproxima”, o governo insiste em medidas tópicas, “tangendo a economia a golpes de desonerações fiscais”.
O senador disse também que não via da parte da oposição qualquer idéia mais séria para o enfrentamento dos problemas que rondam o país, na economia e na política. “O máximo que a oposição consegue sugerir é que a presidente corte o número de ministérios e gaste menos no cabeleireiro”, disse ele.
Requião dedicou boa parte de sua fala ao PMDB, conclamando o partido a retomar sua própria história, desempenhando um papel de protagonista e não de mero “braço auxiliar”, como acontece hoje. Para tanto, ele propôs a realização urgente de uma contenção nacional extraordinária, para oferecer ao país um programa que atenda as vozes das ruas e retire o país do atoleiro econômico em que se meteu.
“Nem sempre os políticos estão à altura de suas missões, mas neste discurso Requião mostrou que está à altura do Brasil. Foi um dos mais importantes pronunciamentos deste Senado , até hoje”, disse o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
Legenda da foto: Senador Roberto Requião (PMDB-PR) diz que PMDB deve repensar alianças
Crédito: Waldemir Barreto/Agência Senado
A seguir vídeo e texto do pronunciamento.
Porque o som é cortado em alguns trechos. Fiquei curioso em saber o que ele, aparentemente diz ao Renan Calheiros