É uma grande alegria que um dos últimos atos desses 4 anos do nosso Governo seja a formatura da primeira turma da Universidade no Litoral. Além da entrega da primeira etapa das obras da Escola e a assinatura dos editais para a construção de novas obras. A formatura, a restauração completa do prédio, a construção de novas salas de aula, de laboratórios, do auditório e de outras instalações, e a segunda etapa das obras representam a consolidação desse magnífico projeto. Definitivamente, a Universidade no Litoral é uma realidade, ela se integra à nossa paisagem como o mar e a areia da praia. Estamos aqui para ficar. Trata-se de mais um compromisso que assumimos com os paranaenses e que cumprimos. Com as colaborações indispensáveis do Presidente Lula, do Reitor Moreira, da Universidade Federal do Paraná, do Ministério da Educação, das Prefeituras de Matinhos e Pontal do Paraná. E da nossa Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, primeiro com o Aldair Rizzi e agora com a Lygia Pupato. Uma das tarefas básicas do Governo é diminuir a distância entre ricos e pobres, entre regiões mais desenvolvidas e regiões menos desenvolvidas. Enfim, atenuar os desequilíbrios. Foi isso que nos guiou a propor a Universidade no litoral. Esta região, tradicionalmente, era lembrada por três meses do ano. O litoral era a temporada, eram as praias. Mas o litoral é muito mais do que isso. São centenas de milhares de pessoas que aqui vivem, trabalham todos os meses do ano, para os quais a vida não é apenas o verão. A Universidade no litoral é uma das tantas ações que desenvolvemos na região, para melhorar a vida dos paranaenses que aqui vivem. Hoje, não é preciso subir a serra para obter uma formação universitária. E a presença de centenas de alunos aqui na universidade, movimenta Matinhos e outros municípios litorâneos durante doze meses. Ano que vem, vamos realizar o terceiro vestibular e a meta é atingir l.200 alunos. No vestibular de 2006, vimos com satisfação que perto de 70% dos aprovados foram estudantes de famílias do litoral. No próximo ano deve entrar em funcionamento a sede de Pontal do Paraná – Praia de Leste – alargando o alcance da Escola. É importante registrar que esta Escola oferece cursos de nível superior e também de nível técnico, todos eles correlatos às atividades que se desenvolvem no litoral. A primeira turma que se forma é de um curso técnico, de gestão imobiliária, oferecendo à região moças e rapazes tecnicamente bem preparados para essa importante área de serviço. A Universidade no litoral é mais um exemplo da preocupação do nosso Governo com o ensino superior e técnico. Nesses 4 anos, investimos 2 bilhões e 350 milhões de reais em nossas Universidades e Faculdades Estaduais. Ao mesmo tempo que produzimos uma verdadeira revolução no ensino médio estadual, oferecemos ao jovem paranaense uma formação de primeira qualidade em nossas escolas superiores. Gratuitamente. Bem preparados em nossos colégios estaduais, os nossos jovens, especialmente os filhos de trabalhadores, têm cada vez mais a oportunidade de acesso ao ensino superior. Nos últimos exames vestibulares, 52% dos aprovados na Universidade Federal do Paraná, passaram pela escola pública. E 65% dos aprovados nas Universidades e Faculdades estaduais também são originários das nossas escolas públicas. A escola pública paranaense, de nível médio ou superior, é hoje um poderoso meio de inclusão e promoção social. Gratuita e de qualidade ela democratiza e universaliza o acesso. Ela permite que os filhos do povo possam competir com igualdade com os filhos de famílias mais ricas. Há quem considere a educação a panacéia de todos os males. Modus in rebus. A educação, por si só, não haverá de redimir o país do atraso, da dependência, do mando e desmando do mercado. Quando muito, fará dos nossos jovens bons ajustadores de parafusos e ensinará ainda como usar talheres à mesa ou comer de boca fechada. É uma educação de outra qualidade que buscamos no ensino médio, no ensino técnico e no ensino superior. Uma educação libertadora, e libertária. Uma educação que contribua para a formação da nação brasileira, e não seja mera fornecedora de mão-de-obra qualificada para o mercado. A nossa educação deve almejar bem mais que o diploma, bem mais que o emprego, bem mais que a promoção na empresa, bem mais que a competição no mercado de trabalho. Jamais seremos uma nação desenvolvida, independente, altiva se as nossas escolas não formarem cidadãs e cidadãos conscientes de seu papel de transformadores da realidade. Quando proponho à Assembléia que destine 30% do orçamento para a educação, é uma escola assim que imagino. Uma escola que retribua tantos investimentos com contribuições efetivas para a formação da nação brasileira. Uma escola que participe da remissão de nosso povo da pobreza, da exclusão, do abandono. Uma escola que contribua para a construção de um país solidário, fraterno, socialmente justo e feliz. É a utopia que vale a pena. É a escola que vale a pena.Quanto ao mercado, ora o mercado…