O senador Roberto Requião (PMDB/PR) lembrou nesta quarta-feira (21) em seu pronunciamento de rádio as razões que o levaram a ser contra os pedidos de empréstimos do Governo do Paraná. Segundo ele, o Estado não tem problema de caixa, e sim de gestão. “O que eu havia dito se realizou. O Paraná não conseguiu os empréstimos. O Paraná está insolvente”, alertou.
“Ontem, o deputado estadual Tadeu Veneri (PT/PR) me responde no Twitter dizendo que a despesa de propaganda do Estado é de R$ 147 milhões. Mas o Estado tem dificuldade em pagar o 13º salário, a folha. Há meses não recolhe a participação do Estado ao fundo Paraná de Previdência”, disse.
Requião alertou que mesmo que a arrecadação do Estado aumente nos próximos meses, o problema financeiro continuará, já que precisarão ser pagas as promoções do funcionalismo. “O Paraná vive um sério problema de gestão. O governo não está agindo como deveria. É o mesmo governo do Jaime Lerner. Afinal, quem coordena isto tudo é o secretário do Planejamento, Cassio Taniguchi”, afirmou.
“Dificilmente teremos uma reeleição. O próximo governo vai ter uma obrigação muito séria. Precisará ser um governo experimentado, competente, com mão firme para colocar de novo nosso Paraná nos eixos. Porque este período foi um período perdido para o Estado”, lamentou.
A crise financeira do Paraná foi assunto do jornal “O Estado de S. Paulo”, que mostrou que o governo Estado já ultrapassou o limite prudencial de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. No primeiro semestre de 2012, os comissionados no Paraná eram 3.966. Em um ano, este número passou para 4.366 servidores, aliados políticos acomodados depois das últimas eleições municipais.