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Debate aberto marca participação de Requião no Jogo do Poder

Debate aberto marca participação de Requião no Jogo do Poder

O senador Roberto Requião (PMDB/PR) foi o entrevistado do programa Canal Livre deste domingo (13). Exibido na Rede CNT e ancorado pelo jornalista Luiz Carlos da Rocha , o programa traz os principais nomes da política nacional para debates semanais. Requião lembrou que há mais de 25 anos ocupa cargos eletivos “sem dobrar a espinha”.
“Eu faço política com alegria, com ironia, mas com uma vontade danada de contribuir com mudanças. Sou da base aliada da presidente Dilma (Rousseff), mas não vou aceitar qualquer proposta dos burocratas do Governo quando vejo que poderíamos ter um caminho melhor”, afirmou.
Requião criticou a política econômica do Governo Federal e defendeu a queda de juros. “O mundo todo está diminuindo juros e nós estamos num caminho errado. Aumento dos juros e o dólar baixo prejudicam a indústria nacional. Uma mudança de rumo agora seria importante para sustentar o desenvolvimento do Brasil”, defendeu. No lugar de juros mais altos, o senador defende o aumento do depósito compulsório dos bancos.
Eleições – Questionado sobre a possibilidade de disputar a Prefeitura de Curitiba nas eleições de 2012, Requião confirmou que se for necessário, seu nome está disponível. “Faço política porque desde menino tenho o desejo de mudar as coisas para melhor. Tenho responsabilidade com Curitiba e com o PMDB. O Senado me encanta, mas não vejo ninguém apresentar uma proposta para Curitiba”, afirmou.
O senador, que já foi prefeito da capital paranaense, disse que o PMDB não vai aceitar “desejos pessoais”. Mas sim, propostas estruturantes para Curitiba. Sobre apoiar a reeleição do atual prefeito Luciano Ducci ou receber Gustavo Fruet no PMDB para a disputa, Requião afirmou que antes de tudo devem vir às propostas.
Sobre a eleição de Beto Richa para o Governo do Paraná, Requião afirmou que “é o mesmo governo do Lerner, que planejou a venda da Copel, da Sanepar, do Banestado”. Para o senador, se a posição privatista de Beto Richa fosse explicitada no processo eleitoral, o eleito teria sido Osmar Dias. “Hoje temos um Governo de negociantes”, lamentou.
Requião também teceu críticas ao seu sucessor, Orlando Pessuti. “Depois de oito anos como meu vice, quando assumiu o governo mudou completamente, inverteu nossas prioridades”, contou. Na avaliação de Requião, Pessuti “foi um péssimo governador. Pela experiência que tive depois que ele assumiu, não o recomendaria para a presidente Dilma”.
Congresso – “O Congresso não raciocina, não critica, não pensa, não formula. A Dilma deveria contar com um Congresso crítico. É o que tento fazer. Hoje, a visão do capitalismo rentista, especulador, é que domina o Congresso Nacional”, criticou Requião.
O senador lembrou que votou a favor do salário mínimo de R$ 560 e disse que, ao invés de estabelecer o valor do mínimo em R$ 545, o Governo Federal deveria ter contido os empréstimos consignados.
Antes de terminar o programa, Requião fez um alerta: segundo ele, temas como aposentadoria de ex-governador e nepotismo são usados para desviar a atenção dos grandes temas nacionais. “Temos coisas mais sérias para tratar”, afirmou.
Twitter – Requião respondeu a várias perguntas de internautas e falou sobre sua atuação no microblog Twitter. “O Twitter acabou com o meu isolamento, já que a imprensa não me dava espaço. A razão do meu sucesso é a franqueza absoluta”, avaliou. O senador usa com freqüência recursos de áudio e vídeo e posta pessoalmente suas mensagens. Para segui-lo, basta buscar por @ requiaopmdb.