“A juventude está nas ruas. O povo também. Existe uma angústia coletiva. Cada um com a sua microindignação. Não há um objetivo comum neste processo todo. O que há é uma grande angústia, uma insatisfação brutal sobre o que acontece no Brasil e no mundo”, avaliou nesta quarta-feira (07) o senador Roberto Requião (PMDB/PR).
Para o senador, é uma ameaça à República porque pode dar origem nas eleições a grupos de direita que se coloquem sem que a população saiba bem o que eles pretendem. “Esta ameaça é vista com indiferença pela classe política do país, que ignora o destino do Brasil como nação. Esta é uma culpa coletiva da classe política”, afirmou.
“Deixamos o barco da República desgovernar-se pelos descaminhos de uma política econômica absolutamente inconsequente. A política econômica do Governo Federal nos empurrou e nos empurra lenta e gradualmente para a desindustrialização, para o desequilíbrio do balanço de pagamento, para a sangria das remessas de lucro para o exterior e para a ameaça do desemprego”, enumerou.
Requião disse que tem levantado estas questões em discursos no plenário do Senado, mas não tem sido escutado pela presidente Dilma Rousseff. Ainda nesta semana o senador falou sobre a falta de investimentos públicos em infra-estrutura e a política já esgotada de desonerações fiscais.
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