Eduardo Requião volta à CPI e faz sugestões à gestão dos portos paranaenses
O ex-superintendente dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, esteve hoje (06) novamente na CPI dos Portos, promovida pela Assembléia Legislativa do Paraná. Eduardo respondeu perguntas que não tinha sido possíveis responder na semana passada e falou até mesmo sobre assuntos que não tinham relação com a CPI.
Eduardo aproveitou a oportunidade para fazer um balanço da sua gestão frente à Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina e ao final exibiu um vídeo com imagens da modernização e melhorias ocorridas sob sua administração. Nas imagens, a então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff elogiou a gestão dos portos, assim como outras autoridades e empresários do setor portuário.
“Ele foi colaborativo e seguro. Ficou claro para a Comissão que o que chama de ‘confusões do Eduardo’ são os interesses que ele enfrentou. Ninguém teve coragem de entrar em conflito com irregularidades que há muitos anos eram cometidas nos portos paranaenses”, afirmou o deputado estadual Rasca Rodrigues (PV/PR), membro da CPI.
O ex-superintendente aproveitou a oportunidade para fazer sugestões para a administração da autarquia, que enfrente uma verdadeira indústria de ações trabalhistas por não haver uma definição clara se seus funcionários são atendidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ou pelo estatuto dos servidores públicos.
“Não adianta discutir a indústria de ações trabalhistas sem antes resolver esta questão. Um grupo de trabalho pode ser formado para traçar o quadro atual e enquadrar a Appa como empresa pública ou autarquia. Podemos até oferecer um modelo paranaense para o Brasil”, justificou, dizendo que está à disposição para colaborar com este grupo.
Patrimônio – Questionado sobre a origem de seu patrimônio, o empresário explicou que no início da sua carreira fez grandes trabalhos de consultoria ao Governo Federal. “Na década de 1970 trabalhei para o ministro da Fazenda Delfim Neto. Fiz um estudo com fiscais federais de todo o Brasil sobre o uso de armas de fogo. Nossa equipe tinha mais de 40 pessoas e rodamos todo o Brasil”, relembrou.
Depois outros trabalhos vieram e Eduardo Requião comprou sua sala médica (ele atuou como psicanalista) e imóveis no Rio de Janeiro. Desta forma amealhou um bom patrimônio, que permitiu a compra de modernos equipamentos para a montagem de uma produtora de vídeo.
fotos: Nani Goes / Alep