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Requião faz avaliação da economia e pede crescimento industrial

fotoEm entrevista ao programa Jogo do Poder (CNT) na noite de domingo (30) o senador Roberto Requião (PMDB/PR) disse que não está preocupado com a escolha da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff, mas sim com os rumos da política econômica brasileira. “É a economia do arrocho. E isto não vai ser bom. É um erro. É uma visão ortodoxa da economia que está a serviço do capital vadio que vive do lucro da ciranda financeira”, avaliou.
Requião lembrou que o Brasil conseguiu passar pela crise econômica de 2008, iniciada nos Estados Unidos, graças ao BNDES, à Caixa Econômica e ao Banco do Brasil – e o BRDE no caso do Paraná. “O Lula lubrificou a economia com dinheiro público conseguindo colocar a roda em funcionamento porque os bancos privados estavam preocupados apenas com sua própria liquidez”.
O crescimento da demanda por commodities brasileiras pela China também teve papel importante no período, acrescentou o senador. “Mas agora acabou. A China está reduzindo seu crescimento econômico e fazendo uma reforma agrária, está mecanizando o campo. Ela está diminuindo a demanda por matéria-prima”, comentou.
Ainda falando sobre a gestão do PT, Requião ressaltou que a dívida pública que era de 65% do PIB passou para 35% e que houve uma grande distribuição de renda no Brasil por meio dos programas sociais. “Melhorou muito a situação do povo. Não há dúvida nenhuma que houve uma elevação do nível de vida e de consumo. Mas nós esquecemos do crescimento industrial”, alertou.
O senador enfatizou que é o crescimento industrial é o que garante emprego e salário. “País algum cresce se não proteger sua economia. Não é proteger a indústria. É proteger os empregos. A indústria brasileira precisa de inovação”, insistiu.
Requião também defendeu a flexibilização do superávit primário em defesa de investimentos públicos. “O Fundo Monetário (Internacional) aprendeu com a crise que ele ajudou a montar no planeta Terra. Querem transformar esta crise brasileira em uma dificuldade semelhante que estão sofrendo a Espanha, Grécia, Itália e Portugal”.
Assista a entrevista completa: