Segundo o senador Roberto Requião (PMDB/PR), quem não tem competência não se estabelece. E este é o caso do governador Beto Richa, que já está no final do seu mandato e ainda não estabeleceu uma marca, um projeto significativo para o Estado. “E quem paga por tanta incompetência? Todos nós pagamos”, afirmou o senador, citando os milhares de produtores de leite que estão sem receber, como exemplo.
Em 2003, foi lançado o programa Leite das Crianças para diminuir a mortalidade infantil e recuperar a produção leiteira do Paraná. Em oito anos, o Paraná foi o Estado que mais avançou na diminuição da desnutrição e os pequenos e médios produtores de leite tiveram sua produção absorvida pelo programa e puderam crescer e melhorar a qualidade de seus rebanhos. Todos os dias, um litro de leite integral enriquecido é distribuído a crianças pobres.
“Desde novembro do ano passado o Beto (Richa) não paga os 3.300 produtores que fornecem leite para o programa Leite das Crianças. Não paga e não diz quando vai pagar. Os produtores dizem que vai chegar a um ponto em que terão que suspender o fornecimento de leite. Assim, milhares de crianças de famílias pobres estão sob o risco da desnutrição”, alertou Requião.
“Outros dois programas sociais que criei – o programa Luz Fraterna que fornece energia elétrica de graça para as famílias de menor renda e o programa da água (Tarifa Social) que fixa uma tarifa bem pequena para água e esgoto tratado para as famílias mais pobres – também correm risco”, afirmou.
De acordo com Requião, a Sanepar está sendo novamente privatizada. Beto Richa entregou a Sanepar de volta para os sócios privados e elevou de 25% para 50% a distribuição de lucros da empresa para os estes sócios. “Já a nossa companhia de energia elétrica está mal das pernas porque só faz negócios para lucro de uns poucos”, relatou.
“Esta gente não quer saber de luz e água para os pobres. Quem não tem competência, não se estabelece. O Beto já sabemos que é um desastre. E os outros e outras pretensos candidatos no Paraná e no Brasil? Vamos conversar sobre projetos no nosso país. Que experiência têm os candidatos que se apresentam? Será que vão conseguir se estabelecer?”, finalizou o senador.
