Esta semana o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) publicou o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM – de 5.565 municípios brasileiros. Os números mostram que o Paraná avançou em todos os indicadores, como educação, habitação, saúde, trabalho e renda. O IDH do Estado passou de 0,650 para 0,749.
Os três pilares que constituem o IDH são saúde, educação e renda. A saúde é mensurada por uma vida longa e saudável, medida pela expectativa de vida. Em 2000, a esperança de vida ao nascer de um paranaense era de 69,8 anos. Em 2013 passou para 74,8 anos. O IDH-Longevidade do Paraná era 0,747 e agora é 0,830.
Este período é marcado por grandes investimentos na área da saúde pública, como a construção ou reforma de 44 hospitais e implantação de Centros de Saúde da Mulher e da Criança. Além disso, houve a criação de programas sociais como Leite das Crianças, Luz Fraterna e Tarifa Social.
Lançado em maio de 2003 e presente em todos os municípios, o Leite das Crianças atende diariamente crianças pobres com até três anos de idade, mães nutrizes que participam de campanhas de aleitamento, gestantes e crianças de 3 a 6 anos que não frequentam creche. O programa colaborou para que o Paraná obtivesse a maior queda da mortalidade infantil do Brasil. De 2003 a 2013 o índice de mortalidade baixou de 16,7 para cada 100 mil nascidos para 11,6.
A desnutrição infantil no Paraná também teve queda significativa. O risco nutricional para crianças com peso baixo caiu de 10,4% em 2003 para 6,5% em 2010. A mais recente avaliação nutricional revela que 91,86% das crianças atendidas pelo programa apresentam peso adequado; 6,16% estão com peso elevado e apenas 1,47% estão abaixo do peso. Por dia, cerca de 160 mil litros de leite são distribuídos.
Educação – Com relação à educação, o acesso ao conhecimento é medido pela média de anos de educação de adultos e a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar. No Paraná, o IDH-Educação passou de 0,522 em 2000 para 0,668 em 2013.
O percentual da população de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo passou de 41,95% para 55,53%. No mesmo período, o ensino profissionalizante foi retomado no Paraná. Em 2003 pouco mais de 10 mil alunos faziam cursos profissionalizantes. Em 2010 já eram quase 100 mil alunos com a oferta da educação profissional em 170 municípios. Dezoito colégios agrícolas e inúmeras escolas foram construídos ou reformados e equipados.
Uma ampla campanha de combate ao analfabetismo foi realizada por meio do programa “Paraná Alfabetizado”. Segundo o IBGE, de 2001 a 2009, mais de um milhão de pessoas foram alfabetizadas no Paraná. Além disso, houve aumento real no ganho dos professores e um amplo programa de reciclagem dos profissionais da educação.
Renda – O padrão de vida é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. No Paraná, em 2000, a renda per capita média era de R$ 638,27. Em 2013 passou para R$ 890,89. O Paraná tem desde 2006 seu próprio salário mínimo, que hoje oscila entre R$ 882,59 e R$ 1.018,94.
Além disso, entre 2003 e 2010 uma ampla reforma tributária mudou a economia paranaense. Com a isenção e redução do ICMS para micro e pequenas empresas, incentivos fiscais, incentivo à agricultura familiar e investimentos em infra-estrutura, o Paraná gerou 800.150 empregos com carteira assinada. O IDH-Renda do Paraná subiu de 0,704 para 0,757.