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“O Beto é propriedade do pedágio no Paraná”, afirma Requião

10402876_803630046329014_5439892272185730521_nO senador Roberto Requião (PMDB/PR) foi entrevistado nesta segunda-feira (26) pelo jornalista Toni Casagrande, no programa VOZ, da TVCI. “Ainda tenho cinco anos de Senado da República e tenho uma participação muito interessante lá. Mas fiquei dando uma olhada no que acontecia aqui no Paraná e o Estado está destruído. Sou candidato por obrigação, por dever cívico. Como está, não é possível”, afirmou ao ser perguntado sobre as eleições deste ano.
Requião lembrou que, segundo o Ministério Público Federal, Beto Richa recebeu doações de R$ 3 milhões das concessionárias de pedágio para suas eleições de prefeito de Curitiba e governador e, assim que eleito, retirou as ações do governo do PMDB para baixar as tarifas ou acabar com a cobrança do pedágio no Paraná. “O Beto é propriedade do pedágio no Paraná”, disse.
O senador citou ainda calote nos fornecedores, leilão de florestas, aumenta da participação dos acionistas privados nos lucros da Sanepar e da Copel, aumenta das tarifas de água e luz, terceirização de serviços, falta de pagamento aos professores, despejo por falta de pagamento de aluguel, cachorros da Polícia Militar com ração racionada, viaturas sem combustível e o inchaço da folha de pagamento.
“Estamos sem governo, sem gestão na saúde, na segurança e na educação. E as bases do partido desejam candidatura própria”, reforçou. Questionado sobre deputados peemedebistas que apoiam a atual gestão, o senador lembrou que eles “sempre são governo” e que buscam vantagens pessoais. “Participaram comigo de um governo popular. Hoje participam e apoiam o governo do Beto, que não tem um programa sequer e praticamente quebrou o Estado do Paraná”, lamentou.
Segundo Requião, o Governo do Paraná precisa de um corte no número de Secretarias e na despesa com cargos comissionados, além do direcionamento da verba de comunicação para outras áreas, como saúde e educação. E, já que não consegue pagar suas contas, não deve obter empréstimos. “Como pode pedir empréstimo quando não paga fornecedores? Se vai pedir empréstimo com Estado quebrado vai pagar como depois?”, perguntou.
Brasil – Na entrevista Requião também falou sobre seu projeto que proíbe o financiamento empresarial de campanha e sobre o projeto que garante direito de resposta a qualquer pessoa que tenha sido caluniada por veículos de imprensa. “Sou absolutamente contra a censura. Mas tem que haver o direito ao contraditório”, defendeu.
O senador também criticou a privatização dos portos e classificou as concessões de portos e aeroportos feitas pelo Governo Federal como “picaretagem monumental”. “Os portos são a porta de entrada e saída do país. Eles servem para facilitar a economia e dar velocidade de importação e exportação. A defesa dos interesses populares tem que ser intransigente”, ratificou.
Sobre a Copa do Mundo, Requião disse que é contra o uso de dinheiro público em um evento que tem como maior beneficiário a Fifa, uma empresa privada. Mas, agora é hora de receber bem os estrangeiros que vierem ao Brasil. “Vamos deixar as críticas para depois”.

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