“Não há nenhuma dúvida que nos últimos anos, graças ao crescimento enorme da China, a relação de comércio do Brasil – e de muitos outros países da América do Sul – melhorou extraordinariamente. O preço dos produtos primários agrícolas e minerais que nós vendemos subiu de uma forma significativa e o Governo Federal aproveitou esta oportunidade para melhorar as condições sociais do povo brasileiro”, disse o senador Roberto Requião (PMDB/PR) nesta quarta-feira (01).
“Nós evoluímos também em termos de direitos civis. E evoluímos bastante em ternos de aumento de renda. Mas os nossos governos não planejaram nada. Ontem participei de uma reunião com o economista Carlos Lessa e ele acentuava este aspecto. Planejamento de mobilidade urbana e do crescimento industrial. Pelo contrário. A nossa economia industrial regride aos anos 40”, acentuou o senador.
Com a China reduzindo as importações, a economia brasileira esfriou. “Estamos em uma crise sem precedentes. E no meio desta crise, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, vem ao Senado e leva sete horas explicando um ajuste. Não é ajuste. É uma recessão programada. Nós estamos em uma situação muito difícil e o que o Levy propõe são medidas que beneficiam os bancos e prejudicam pesadamente a população”, alertou.
Para Requião, não há planejamento e nem objetivo. “Está se propondo um sacrifício duro para a população e o único beneficiário é o capital. Assim não dá. O Brasil está precisando de um projeto nacional claro. Não temos um projeto de Nação. E o Levy é uma nulidade absoluta, um economista de apostila que estudou em Chicago e o que ele propõe para o Brasil já acabou com a Europa”.