“Quando eu assumi o governo do Paraná, vocês lembram, eu assumi com aquela crise de corrupção na polícia, o Estado literalmente quebrado. Era a administração do Jaime Lerner, do Cassio Taniguchi, com o nosso Banestado vendido, com a tentativa de venda da Copel. O Estado estava literalmente arrasado. O Paraná estava administrado pelo mesmo pessoal que hoje compõe o governo do Beto Richa”, lembrou o senador Roberto Requião (PMDB/PR) nesta sexta-feira (27).
“Nós acabamos com as filas do Porto de Paraná e enfrentamos o problema da insolvência do Estado. Quando eu assumi, para cada Real de dívida de curto prazo do Estado do Paraná nós tínhamos em caixa R$ 0,20. Em 2010, quando eu entreguei o Estado ao Beto Richa, esta questão estava sanada. Para cada Real de dívida, nós tínhamos em caixa R$ 1,54. Nós podíamos investir”, ressaltou.
A área da educação foi uma das mais privilegiadas pela gestão Requião. Foram construídas e reformadas centenas de escolas e o Ensino Superior recebeu mais de R$ 6 bilhões em investimentos. Além disso, foi formada uma rede de 44 hospitais entre reformas e novas unidades e construídas as Clínicas de Saúde da Mulher e da Criança. “Nós fizemos sem dúvida um governo de sucesso”, avaliou.
“Mas já em 2013, com o Beto Richa, a liquidez do Estado estava comprometida. De R$ 1,54 tinha caído para R$ 1,11. E em 2014 veio o desastre. Eles não conseguiram pagar rigorosamente nada. Mas havia um medo que Requião voltasse ao governo. Se criou uma barreira de comunicação e mentiras”, citou Requião lembrando as eleições que reelegeram Richa.
“O Beto em uma entrevista à Folha de S. Paulo diz que ele teve coragem de investir aumentando a dívida do Estado, que a dívida se administra. Estranha coragem essa. Aumentou a dotação do Judiciário, do Ministério Público, da Assembleia Legislativa. Quebrou o Estado e agora quer cobrar a conta em cima dos professores, dos policias, dos funcionários públicos”, criticou.
“Ele diz que teve coragem de investir. Investir no que? Vocês conhecem alguma obra do Beto? O contorno de Londrina? Este ele não pagou para os empreiteiros ainda. Na verdade, o que o Beto Richa chama de coragem, eu, com a minha longa carreira política e administrativa, chamo de irresponsabilidade e incompetência. O Beto quebrou o Estado do Paraná”, concluiu Requião.