Os senadores Roberto Requião e Gleisi Hofmann, os deputados federais Ênio Verri, João Arruda, Zeca Dirceu. Christiane Yared e Toninho Wandscheer divulgaram nesta terça-feira (10), em Brasília, uma nota conclamando professores e demais servidores públicos do Paraná para que se mantenham mobilizados e não se dispersem com o possível atendimento de algumas reivindicações pelo governador Beto Richa.
Segundo a nota, o verdadeiro objetivo do pacotaço do governador é a apropriação dos oito bilhões de reais da Paranaprevidência, para pagar a folha dos servidores e saldar dívidas com fornecedores, para os quais deve mais de dois bilhões de reais. Sem recursos para tapar os rombos abertos nas conta públicas pela má gestão, desvios e desperdícios, Richa quer agora o dinheiro da aposentadoria do funcionalismo público paranaense, denuncia a nota.
Os senadores e deputados alertam, os professores que o atendimento de algumas reivindicações nada mais é que uma manobra diversionista, para arrefecer a mobilização e esvaziar a greve.
Veja a seguir o texto da nota assinada pelos parlamentares federais do Paraná.
O propalado recuo do governador Beto Richa em relação a alguns pontos de seu pacotaço, como o fim de quinquênios e anuênios; corte de auxílio-transporte; e suspensão do PDE, se realidade, deve-se, inegavelmente, à mobilização dos professores e de outras parcelas do funcionalismo .
Mas, ao tempo que cumprimentamos os professores por esta possível conquista, é vital, como o ar que respiramos, que a mobilização continue, porque está em curso um assalto muito mais devastador contra o funcionalismo público paranaense.
A utilização dos oito bilhões de reais dos fundos da Paranaprevidência, para o pagamento de salários e outras despesas, como propõe o governador, é um golpe certeiro contra a aposentadoria dos professores e demais servidos públicos estaduais. Esses recursos, acumulados nas últimas três décadas, são um patrimônio inviolável dos funcionalismo público paranaense. Aliená-lo, permitindo que o governador use-o para o pagamento de dívidas e da folha, trará como consequência previsível, o aniquilamento da Paranaprevidência.
A incompetência e a irresponsabilidade do atual governo estadual escancaram-se à vista de todos. Por todos os cantos, faz-se água. Não há remendo que estanque a sangria. Só para fornecedores e pequenos empreiteiros são mais de dois bilhões de reais de calote.
Daí a fúria arrecadadora. No entanto, o aumento do IPVA e do ICMS, o arrocho dos salários e os cortes de benefícios não serão suficientes para cobrir o rombo. O dinheiro que poderia, por algum tempo, representar efetivo alívio financeiro para o governador, é o dinheiro da Paranaprevidência, aqueles oito bilhões de reais de propriedade do funcionalismo público estadual, que vão garantir o pagamento da aposentadoria dos servidores e o bem-estar de suas famílias. O governador não tem direito de se apossar desse dinheiro. Os deputados não podem cometer o crime de votar uma barbaridade como essa. A aprovação dessa excrescência será, sem nenhuma dúvida, a maior violência praticada contra o funcionalismo público paranaense.
Esse o verdadeiro foco do pacotaço de Beto Richa. O resto é simples fumaça, para distrair os funcionários públicos do que interessa.
Professores, servidores públicos, paranaenses, vamos continuar a mobilização para impedir que o governador meta a mão grande nos fundos da previdência estadual. Ele já dilapidou o Paraná e agora quer também suprimir o direito à aposentadoria.
Alerta pertinente e esclarecedor! Avante meu Paraná! Força aos nobres e legítimos representantes do interesse público paranaense!