O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou nesta segunda-feira (7) que a reforma da política econômica é a mudança mais importante que o Brasil precisa empreender. Para ele, essa reforma econômica deve incluir incremento do mercado interno, elevação de salários, redução de impostos, controle da depreciação do dólar e a “defesa do interesse nacional de forma extraordinariamente clara, com a utilização de todos os meios tributários possíveis”.
– A reforma da nossa economia é a mãe das reformas e passa pelo fim da autonomia do Banco Central – declarou o senador.
Requião reclamou da alta taxa de juros real praticada pelo Brasil, de 5,5%, a maior dentre os países com relevância no cenário internacional. De acordo com o parlamentar, a Austrália tem a mais alta taxa depois do Brasil: 1,9%. E diversos países trabalham com taxas negativas, como Japão, Inglaterra, Estados Unidos, França e Alemanha.
Para Requião, as economias brasileira e mundial precisam voltar a dar mais valor ao capital produtivo, ao invés de supervalorizar o chamado capital financeiro. O senador também afirmou que a valorização do capital produtivo é e continua sendo feita no Paraná, estado que Requião governou por três vezes (91 a 94, 2003 a 2006 e 2007 a 2010). Como exemplo, ele citou o salário mínimo do estado (R$ 765 atualmente), a redução do ICMS de mais de cem itens, de 28% para 12%, a redução dos impostos para as pequenas empresas para apenas 2% e a isenção de impostos para as microempresas, entre outras ações.
– No primeiro momento, diziam que isso quebraria o estado do Paraná. Não quebrou. Acelerou o círculo virtuoso do desenvolvimento. Pequenos empresários capitalizados acabam gastando no comércio formal, e o estado arrecada da mesma maneira. E o resultado pode ser medido não por mim, que era governador, mas pelo IBGE: o estado do Paraná é o estado que mais cresceu do ponto de vista industrial no último ano – disse o parlamentar, desejando que a presidente Dilma Rousseff seja capaz de “resistir às pressões e modificar decididamente a política econômica do país”.
Da Redação / Agência Senado