Requião comenta viagem ao Chile e vê desastres do neoliberalismo
De volta de viagem ao Chile, onde foi representar o Senado nas comemorações dos 200 anos de fundação do Congresso daquele país, o senador Roberto Requião comentou as conseqüências das políticas neoliberais sobre os chilenos. Segundo o senador, a concentração de rendas lá “é brutal”, com apenas 56 famílias dominando a economia e as finanças. Desde a ditadura de Augusto Pinochet, o Chile é um fiel seguidor das receitas da chamada “Escola de Chicago”, orientada pelo economista ultra-liberal Milton Friedman.
A concentração de rendas leva o país a excluir do consumo amplas camadas da população e, hoje, disse Requião os maiores investimentos das ricas famílias chilenas são feitos no Brasil. Além disso, informou o senador, o governo do presidente Sebastian Pinera, neoliberal, adotou o chamado “choque de gestão”, com cortes nas áreas de saúde, educação, infra-instrutora e previdência, agravando ainda mais as já difíceis condições de vida da população.
Requião citou ainda as freqüentes manifestações estudantis, que levam às ruas mais de cem mil pessoas, em protesto contra a degradação do ensino público e em oposição à pretendida privatização das escolas.
Segundo o senador, as capital Santiago é hoje um retrato do país: uma área nobre magnífica e u ma periferia extremamente miserável, tomada por favelas.
Ouça a seguir o comentário do senador Roberto Requião sobre sua missão no Chile.
Comentários sobre o Chile, durante visita oficial representando o Senado Federal