Requião compara subsídio da tarifa de Richa à redução de pedágio de Lerner O senador Roberto Requião (PMDB/PR) lembrou que quando disputou o governo do Paraná com Jaime Lerner a implantação do pedágio havia desgastado muito a imagem do então governador, que numa manobra eleitoreira reduziu as tarifas. Depois de reeleito, Lerner concedeu um aumento de 116% nas tarifas do pedágio. “Esta manipulação surge hoje com o Beto Richa. No ano eleitoral, ele subsidia durante um ano, com R$ 60 milhões, o transporte coletivo de Curitiba para favorecer a eleição do seu candidato. Subsídio só para Curitiba. Não foi suficiente. Ele perdeu a eleição”, lembrou Requião. O senador enfatiza que não houve nenhuma auditoria na tarifa do transporte coletivo da capital. “O subsídio não foi para o povo. Foi direto para os empresários concessionários do transporte coletivo. A gente pode imaginar o que isso significou de aporte, recursos improváveis, caixa dois de campanha eleitoral”, afirmou. Requião informou que está mandando um pedido de informação para o Governo do Paraná e o Tribunal de Contas para saber exatamente como estão as finanças do Estado. “O governador assumiu o governo e criou 330 e poucos cargos em comissão. Paralelamente a isso foi cooptada a Assembléia inteira”, destacou. “Agora, na véspera das eleições para o diretório estadual do PMDB do Paraná, a bancada inteira resolvei apoiar o Beto Richa e combater a minha candidatura à presidência do partido. E o governador criou 70 novos cargos comissionados paralelamente ao processo eleitoral”, contou. “Se houvesse Ministério Público funcionando no Paraná isto já teria sido investigado. Não há dúvida que é crime eleitoral e improbidade administrativa. Mas no Paraná seguramente nós não temos Ministério Público”, disse Requião. YOUTUBE