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Requião critica otimismo sem causa e vê perigo real

Requião critica "otimismo sem causa” e vê perigo real

Um dos participantes do debate sobre o sistema financeiro mundial, promovido pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, na segunda-feira à noite, o senador Roberto Requião ironizou as intervenções de representantes do Banco Central, do Ministério de Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior e do Itamarati, dizendo que eles haviam falado de um outro país e não do Brasil real. Para o senador, os riscos que o país corre hoje, com crise global, são visíveis, ameaçadores e cada vez mais próximos.
Tomando um exemplo daquele momento, o fechamento da Bovespa na segunda-feira, com um prejuízo de 40,6 bilhões de reais para a Petrobrás e a Vale, as duas maiores exportadoras de commodities do Brasil, Requião alertou para a ameaça extrema que significa ancorar a economia nacional nas exportações de minérios e de petróleo, além, de grãos.
Segundo ele, a combinação de câmbio sobrevalorizado, juros e impostos altos, primarização da economia, contenção salarial, crescimento do endividamento da população, falta de investimentos em infra-estrutura, privados e estatais, baixos investimentos em inovação equivale a aplainar o caminho para o desastre.
Apondo-se a análises extremamente otimistas, especialmente de representantes do Banco Central do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, o senador paranaense afirmou que a crise financeira mundial, que explodiu em 2008 e que agora agudiza-se, foi contida pelas exportações de commodities, tendo a China como principal consumidor, as políticas sociais do ex-presidente Lula, e a existência de bancos públicos irrigando a economia com créditos.
Requião acrescentou ainda, para fundamentar suas advertências que, de 2006 a 2010, as exportações cresceram cinco por cento, as exportações cem por cento e o endividamento das famílias chegou a 40 por cento dos ganhos, um índice semelhante ao endividamento da família norte-americana quando estourou a crise em 2008.
O senador paranaense deplorou ainda a intervenção do professor de Economia e diplomata Paulo Roberto de Almeida que fez as clássicas recomendações neoliberais para se opor à crise, como corte na Previdência, nos salários e nos investimentos estatais. Requião rebateu as receitas com as recomendações de economistas como Celso Furtado, Raul Prebisch, Aldo Ferrer, Tom Palley, Magnus Ryner que, antigamente e hoje, buscaram e buscam alternativas que levem ao desenvolvimento, à distribuição de renda e a uma convivência mais justa e harmoniosa entre os homens.
O senador fez ainda um mergulho na história do desenvolvimento dos Estados Unidos, para demonstrar que não há saída para os países que não se libertam da dependência das exportações de matérias-primas, e que não exercem firme controle do câmbio, da distribuição de crédito e que não incentivam a inovação e o investimento em infra-estrutura.