O senador Roberto Requião (PMDB/PR) voltou a falar nesta quarta-feira (30) da contraposição entre o capital especulativo e o capital produtivo e das consequências do primeiro, como a crise econômica mundial. Para Requião, o Bando Central (BC) deve ter como preocupações o desenvolvimento do país e a geração de empregos.
“O que eu me preocupa é que agora há um movimento dentro do Congresso Nacional para dar ao Banco Central, que cuida da estabilidade da moeda, independência, mandato por seis anos. É como entregar o Banco Central do Brasil ao interesse dos grandes grupos econômicos”, afirmou.
Para Requião, ao invés de dar independência ao Banco Central, o Brasil precisa mudar o ato constitutivo do Banco, como propôs o senador Lindbergh Farias (PT/RJ), que inclui entre as competências do BC perseguir o crescimento econômico e a geração de empregos. O projeto já foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Pelo projeto, o artigo 9º da lei 4.595/1964 passaria a dizer que “compete ao Banco Central do Brasil perseguir a estabilidade do poder de compra da moeda, garantir que o sistema financeiro seja sólido e eficiente, estimular o crescimento econômico e a geração de empregos e bem como cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional”.
“É preciso garantir um Banco Central não independente, mas dependente dos interesses do povo, da nação e do governo eleito. Que se dedique a se preocupar com o desenvolvimento do país, o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. É neste sentido que vamos lutar”, anunciou.