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Página IncialNotíciasRequião defende na Eurolat posição do Brasil contra extremismo fiscal

Requião defende na Eurolat posição do Brasil contra extremismo fiscal

Requião defende na Eurolat posição do Brasil contra extremismo fiscal

A duríssima política de austeridade fiscal imposta pelo Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Européia, a chamada troika, a países como Grécia, Portugal, Espanha e Itália, aprofundando a recessão e o desemprego, “é o pior e o mais cruel remédio para enfrentar a crise, porque atinge fortemente os trabalhadores e preserva intatos os interesses do setor financeiro, o verdadeiro responsável pela débâcle”, avaliou nesta quinta-feira (8), em Cádiz, Espanha o senador Roberto Requião.
Presidente da Representação Brasileira no Parlasul, Requião participa da Assembléia Parlamentar Euro-Latinoamaricana, a Eurolat. O senador, elogiou a posição do Brasil contra a adoção de medidas fiscais “que levam inevitavelmente ao arrocho salarial, recessão, desemprego e cortes drásticos de direitos trabalhistas e nos investimentos sociais”, como já acontece em diversos países europeus.
Nas reuniões das comissões permanentes da Eurolat, que acontecem a partir desta sexta-feira, Requião vai insistir na busca de caminhos não ortodoxos para o enfrentamento da crise financeira global, como fez recentemente no Foro de Guadalajara, México, e na reunião do Parlamento Andino, em Lima, Perú. O senador lembrou que as mesmas receitas que a troika impõe hoje aos países menos desenvolvidos da União Européia foram aplicadas inúmeras vezes na América Latina, com resultados desastrosos para os trabalhadores e para os países do continente.
-Basta lembrar que no governo de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil adotou todas essas medidas e quebrou três vezes, aprofundando a recessão, o desemprego, a exclusão social, a desnacionalização da economia e, de quebra, a desindustrialização”, afirmou o senador.
No entanto, se, de um lado, elogia a posição do governo brasileiro contra as receitas que preservam apenas os interesses do mercado financeiro, de outro, o senador Roberto Requião diz que é preciso a construção de u m caminho próprio para o desenvolvimento nacional, e que “esse caminho passa, necessariamente, pela integração latino-americana”.
Delegação
A delegação brasileira para a Assembléia Euro-Latinoamericana é integrada ainda pelos deputados Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente do Parlamento do Mercosul pelo Brasil, e pela deputada Iris de Araújo (PMDB-GO), membro titular do PAralasul.