Requião diz como vai atuar no Parlasul e reafirma teses opostas ao neoliberalismo
Eleito para presidir a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, o senador Roberto Requião expôs, nesta sexta-feira, 21, no plenário do Senado, como vai ser a sua atuação no Parlasul. Requião comunicou ainda que a primeira reunião da mesa que dirige o Parlamento, depois de onze meses de paralisação dos trabalhos, acontece no dia 30, em Montevidéu, Uruguai, sede do Parlasul. A expectativa agora é que o Parlamento do Mercosul comece a funcionar normalmente.
Em seu discurso, o presidente da Representação Brasileira no Parlasul destacou os avanços na integração comercial sul-americana mas disse que apenas isso não basta. “É preciso que o Mercosul se projete como uma grande aliança de cidadania, cultural, de solidariedade”, disse . Para ele, uma aliança fundada apenas no comércio, em negócios tem limites e pode se desfazer rapidamente.
Requião defendeu ainda que os países do Mercosul busquem alternativas conjuntas para o enfrentamento da crise financeira mundial e lembrou da “rica escola de pensamento” formada em torno Comissão Econômica para a América Latina, a Cepal, que formulou uma proposta para o desenvolvimento do continente e que foi esvaziada pelos golpes militares e pelo avanço do neoliberalismo ,
Para o senador, as teses de Celso Furtado, Raul Prebisch, Aldo Ferrer, Carlos Lessa, Maria da Conceição Tavares, Aníbal Pinto e outros são atuais e, com a crise do capitalismo financeiro e os modelos por ele inspirados, os países sul-americanos podem, retomar o caminho interrompido em direção do desenvolvimento, da justiça social e da solidariedade internacional.
Ouça e leia a seguir o discurso do senador Roberto Requião sobre os seus compromissos como presidente da Representação Parlamentar Brasileira no Parlasul.
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foto: Geraldo Magela/ Agência Senado