Requião diz que privatização da água é manifestação de barbárie e atraso

Em seu comentário de todos os dias para as emissoras de rádio, o senador Roberto Requião declarou-se, nesta terça-feira, 21, “ horrorizado com a bancada do PMDB na Assembléia Legislativa do Paraná”, que impediu a constituição de uma CPI para investigar o pedágio e que tem se comportado de forma complacente com as medidas de reprivatização da Sanepar.
Requião lembrou que a água está fora do comércio desde o direito romano, por ser considerada um bem de toda a humanidade. “Depois do barbarismo neoliberal das décadas de 80 e 90, privatizando todos os serviços públicos, entre eles a água, houve uma reação mundial contra isso. Plebiscitos no Uruguai, na Itália, em Paris decidiram que a água fosse de novo considerada um bem público”, informou.
O senador referiu-se ainda à recente Campanha da Fraternidade, da CNBB, que teve como tema a água, considerada pela Igreja “um dom de Deus “, acessível a todos.
Requião considera os movimentos do Governo do Paraná em direção à privatização da Sanepar “retrocesso, barbarismo, marca de atraso”, na contramão de todo o mundo civilizado. Por isso, disse Requião, é lamentável a posição da bancada estadual do PMDB de complacência diante do desmonte da Sanepar pública.
O senador observou ainda que “é um absurdo injustificável” a contratação, pelo governador Beto Richa, de uma empresa mineira para “reformatar” a Sanepar. Requião lembrou que a Sanepar, até o final de seu Governo, dava consultoria no mundo todo sobre saneamento, dado a excelência de seus serviços. O Banco Mundial, por exemplo, sempre se valeu da Sanepar para projetos de saneamento na América Latina e na África.
Por isso, disse Requião, o “silêncio aderente da bancada do PMDB” choca e horroriza. Essa postura dos deputados estaduais, adverte o senador, pode sinalizar o fim do PMDB no Paraná, “a não ser que reajamos e eu estou disposto a reagir”.

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