O senador Roberto Requião disse nesta quarta-feira (11), no plenário, que nada justifica o pedido de aumento de 32,4 por cento na conta de luz dos paranaenses, conforme pedido feito pelo governador Beto Richa à Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel. “Depois do tarifaço do Detran, do tarifaço da Sanepar, temos agora o tarifaço da Copel. Para que? Para dar mais lucro aos sócios privados”, afirmou o senador.
Segundo o senador, “o consolo dos paranaenses é que o mandato de Richa acaba em poucos meses”.
Requião debateu ainda da tribuna o recente decreto da presidente Dilma sobre a ampliação da participação dos brasileiros nos processos decisórios. “Há um limite na democracia representativa e esse limite precisa ser superado com mais democracia e mais democracia conseguimos abrindo os poderes à participação popular”, disse o senador em defesa do decreto da presidente.
Ao mesmo tempo, Requião condenou toda tentativa de, por meio de novas leis, restringir as manifestações populares. “A manifestação popular é um sinal de saúde da sociedade. O silêncio é sinal de doença”, afirmou.
Em relação à Copa, o senador disse que é tempo de torcer e receber bem os turistas, deixando as críticas sobre os gastos com a competição –que deve ser feita- para depois. No entanto, por ser um evento altamente lucrativo, envolvendo gigantes dos negócios esportivos, das comunicações e de outros setores,a Copa deveria ser inteiramente patrocinada pela iniciativa privada, afirmou Requião.
Na parte principal de seu pronunciamento, o senador repercutiu recente fórum dos BRICS realizado no Rio de Janeiro, deplorando que a reunião ocorreu sob o silêncio da mídia, e divulgou documento com o resultados dos debates entre representantes do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul.
A seguir, o discurso do senador e o documento dos BRICS.
Crédito foto:Waldemir Barreto/Agência Senado