“O povo grita e o Congresso geme”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB/PR) nesta terça-feira (09). Para o senador, os projetos que há muito tempo estavam parados e agora entraram na pauta da Câmara e do Senado não atende aos “gritos das ruas”. A reforma principal defendida por Requião é a econômica.
“O Banco Central se preocupando não com o lucro dos investidores. Mas com o emprego dos brasileiros. Em Curitiba a Siemens está fechando e colocando trabalhadores de 28, 30 anos na rua porque ela está indo para a Ucrânia. Ela descobriu que com o Real valorizado e o Dólar desvalorizado é muito mais fácil produzir lá e importar para o Brasil”, comunicou.
Requião disse que está tentando mudar o rumo das coisas. Para ele, na reforma eleitoral, por exemplo, é preciso estabelecer a possibilidade de candidaturas avulsas, sem partido. “Estou fazendo uma Emenda Constitucional permitindo a candidatura avulsa como existe em muitos países democráticos do mundo”, relatou.
“Estou estabelecendo a obrigatoriedade dos partidos fazerem prévias para escolha dos seus candidatos. Não são os caciques que vão determinar quem se candidato ou não. Prévias com votos de todos os membros do partido estabelecerão a ordem das chapas que irão concorrer às eleições proporcionais e também às majoritárias”. Desta forma, Requião disse que aceita a ideia de lista fechada.
Sobre referendos e plebiscitos, o senador propôs que 5% dos votos da população possam estabelecer um referendo que seria realizado no primeiro mês de cada ano. “Quando o referendo estabelecer uma votação com clareza, ela não pode ser modificada nos próximos cinco anos, a não ser por outro referendo”, exemplificou.
“São ideias de democratização do sistema eleitoral, aumento real da participação. Mas se nós não mudarmos o rumo da economia, não iremos a lugar nenhum”, destacou o senador, dizendo ainda que apoia as medidas que a presidente Dilma Rousseff tomou em relação à saúde, inclusive com a contratação de médicos estrangeiros e estruturação dos hospitais públicos do país.