Requião lamenta morte de dom Agostinho, bispo emérito de Palmas/Francisco Beltrão O senador Roberto Requião (PMDB/PR) lamentou nesta quarta-feira (06) a morte do bispo emérito de Palmas/Francisco Beltrão, dom frei Agostinho José Sartori. O religioso tinha 83 anos e sofria dos males de Parkinson e Alzheimer. “Ao longo da minha vida política, foi um de meus amigos mais próximos e fraternos. Dom Agostinho não honrou apenas a Igreja Católica. Honrou o nosso Paraná e o nosso Brasil”, afirmou Requião. Dom Agostinho era catarinense de Capinzal e por muito anos responsável pela Pastoral Rural no Regional Sul 2 da CNBB e bispo acompanhante da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), no Paraná. Também atuou como bispo referencial da Pastoral da Criança do Regional Sul 2 e foi bispo de Palmas/Francisco Beltrão de 1970 a 1995. “Foi um padre de verdade. Vivia o cristianismo intensamente, integralmente nas suas palavras e nas suas ações. A doação de dom Agostinho a seu povo não conheceu limites. Nada o continha. Ele nada temia. Nunca mediu riscos pessoais em sua ação evangelizadora”, lembrou o senador. Antes de ser ordenado bispo, dom Agostinho foi subsecretário regional do Sul 2; professor de Moral e Direito Canônico e Filosofia; vice-reitor do Seminário da Ordem e Ministro Provincial dos Capuchinhos do PRESC, em 1970. Seu lema episcopal foi “Donec Christus Formetur” (“Até que Cristo se forme em vós”). CPI da Terra – Requião lembrou a atuação do bispo durante a ditadura militar no Brasil e citou a Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Terra. “Sem alarde, sem pirotecnia, a CPI da Terra fez um dos mais completos inventários sobre a questão da terra em nosso país, denunciando grilagens, assassinatos de agricultores, expulsão de lavradores pela construção de grandes barragens e a sub-indenização de suas terras”, recordou. Segundo Requião, junto com dom Tomás Balduíno e com os pastores luteranos Gernote Kirinus e Werner Fuchs, dom Agostinho “foi um leão na CPI. Assumiu a causa dos agricultores com o amor e a valentia com que o pastor defende suas ovelhas”. “Da defesa dos agricultores que tiveram suas áreas inundadas pela barragem de Itaipu e que foram miseravelmente compensados surge, por exemplo, o Mastro – Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra do Oeste do Paraná, primeiro passo para a organização de movimentos de defesa dos agricultores e pela reforma agrária em todo o nosso país”, contou Requião. “A Bíblia nos fala dos homens bons, que agradam a Deus e a quem devemos reverenciar. Dom Agostinho José Sartori era um desses homens bons, justos e honestos de que falam as escrituras. Que Deus o tenha, meu velho amigo e companheiro”, finalizou o senador. Serviço – O corpo do bispo emérito será velado na Paróquia São Pedro Apóstolo, em Pato Branco, Cocatedral Nossa Senhora da Glória, em Francisco Beltrão e Catedral do Senhor Bom Jesus, em Palmas. (Com informações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) “Um padre de Verdade” O senador Roberto Requião homenageou nesta quarta-feira (6), no plenário do Senado,o bispo emérito de Palmas D. Agostinho Sartori, falecido nesta data. Requião lembrou que teve uma longa e fraterna convivência com o bispo e destacou o seu papel em defesa dos agricultores. O senador citou a Comissão Parlamentar de Inquérito que, em 1977, investigou a situação fundiária brasileira e que teve em D. Agostinho um de seus principais personagens. Segundo Requião, a CPI da Terra foi um marco na luta contra a violência no campo e em defesa dos direitos dos agricultores do Brasil. Ouça e veja os pronunciamentos do senador Requião em homenagem a D. Agostinho José Sartori. VÍDEO ÁUDIO
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