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Requião solidário a trabalhadores que não querem portos privatizados

portopgua-500x333O senador Roberto Requião manifestou apoio à reação dos trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais contra a iniciativa do governo federal de privatizar os portos brasileiros. “Não se entrega a porta de entrada do país a interesses privados. Os Estados Unidos não fazem isso, o Japão não faz isso, por que nós vamos fazer?”, disse Requião.

O senador não aceita a argumentação de “falta de recursos públicos para investimentos”, frequentemente usada pelo governo, mídia e empresários em defesa da privatização. “Estão aí as informações dando conta da baixíssima execução orçamentária federal na área de infra-estrutura. O Ministério dos Transportes, por exemplo, está paralisado desde que surgiram as denúncias contra a Delta ou mesmo antes disso. Quer dizer, dinheiro não falta, falta executar obras”, afirma Requião.

Segundo o senador, para suprir a falta de obras, a ausência de planejamento e o marasmo administrativo, o governo acena com o remédio da privatização sob, o falso discurso da modernidade.

Além disso, os trabalhadores portuários alegam que, do jeito que está, a Medida Provisória 595 irá gerar desemprego no setor. A Medida cria diferenças de custos entre os novos portos privados e os públicos e isenta os privados de diversos encargos e impostos que os portos públicos têm que arcar.

História – Requião tem uma história importante ao lado dos trabalhadores portuários brasileiros. Na década de 1990, quando foi governador do Paraná pela primeira vez, participou de um ato público em Paranaguá que trouxe, a convite dos Sindicatos da cidade, a ex-prefeita de Santos Telma de Souza.

“Nesta época, Requião foi o único governador que se posicionou pelos portos públicos. O movimento portuário de todo o Brasil ficou muito grato. Somos muito gratos por ele ter tido coragem e peito de enfrentar esta questão junto conosco”, lembrou o presidente do Sindicato dos Conferentes do Paraná, Carlos Antonio Tortato. “Vai fazer 20 anos da lei de modernização dos portos e ainda culpam os trabalhadores pelo gargalo logístico”, completou.

Em 2005, governador pela segunda vez, Requião apoiou o movimento “O Porto é nosso”, criados por trabalhadores portuários e paranaenses inconformados com a possibilidade da perda da autonomia dos portos de Paranaguá e Antonina. Requião abriu todos os canais públicos de comunicação para um grande debate sobre o tema. Em julho de 2005, um ato público em Paranaguá deixou clara a posição dos paranaenses.

Até o final da sua gestão como governador, em 2010, Requião não aceitou a possibilidade de privatização dos portos. De 2003 a 2010 os portos paranaenses foram modernizados, tiveram suas contas sanadas e passaram a bater recordes de exportação. Além disso, como o apoio dos trabalhadores portuários, novas cargas foram conquistadas, como veículos e cargas especiais.

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