“Fui governador do Estado por três vezes e minha grande preocupação era que o Paraná se adentrasse numa situação semelhante à situação do Rio Grande do Sul, com um peso brutal de folha e com uma dotação orçamentária para a Justiça, por exemplo, impagável”, lembrou o senador Roberto Requião nesta sexta-feira (06).
Requião contou que o desembargador Vidal Coelho, quando foi presidente do Tribunal de Justiça, procurou-o preocupado com o funcionamento da Justiça e do Estado. Juntos, fizeram a desapropriação da área para construção do Centro Judiciário, por exemplo. “Eu saí do governo e entrou um governo que não sabia o que fazia, irresponsabilidade absoluta. Levantaram a já boa dotação orçamentária do Judiciário”, disse.
Além disso, aumentaram a dotação orçamentária do Ministério Público, da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas. “E irrefletidamente aumentaram os salários de alguns setores do funcionalismo público e criaram cargos em comissão caríssimos. O resultado está aí. O Paraná está insolvente”.
“E gastaram o que não tinham. Aumentaram nas empresas públicas a participação dos sócios privados em 100%. Aumentaram o número de subsidiárias da Copel de cinco para 17. Aumentaram de 340 para 740 os cargos comissionados e as funções gratificadas da Sanepar. Com isso operavam as suas alianças partidárias”, explicou.
“Eles já estavam metendo a mão na Paraná Previdência. Tiraram mais de R$ 600 milhões da Paraná Previdência. E agora querem pegar os R$ 8 bilhões. Eu vejo agora a Justiça dar uma liminar para que os professores voltem às aulas. Todos queremos professores nas salas de aula. Mas como é que isso é possível sem papel higiênico nas escolas? Sem merenda escolar? Sem professores? Sem funcionários?”, questionou.
Para Requião, a saída é uma reflexão comum entre os Poderes para solucionar o funcionamento do Estado, como ele fez com o desembargador Vidal Coelho no passado. “Esta responsabilidade é de todos nós”, reafirmou.
Página IncialNotíciasRequião sugere união dos três Poderes para resolver crise do Paraná