Requião vota contra venda de bebidas em estádios durante a Copa

“Países como os Estados Unidos proíbem o consumo de bebida alcoólica em estádios porque sabem que a proibição absoluta de bebida leva, como levou lá, a organização da máfia para produção e distribuição clandestina da bebida que era culturalmente admitida e tinha sido proibida”, lembrou o senador Roberto Requião (PMDB/PR).
Segundo ele, o consumo de bebida alcoólica durante os jogos provoca violência. “Aqui no Brasil, depois que o Estatuto do Torcedor proibiu o consumo das bebidas dentro dos estádios, a violência caiu em 75%. Isso significa mais tranquilidade para a Polícia Militar, menos acidentes e menos mortes. Tinha sido uma evolução”, afirmou.
Para Requião, o futebol da Copa já não é mais o mesmo futebol que é a paixão dos brasileiros. “O futebol é um subproduto dos negócios da FIFA, dos patrocinadores que vendem alimentos, artigos esportivos, bebidas. E esses patrocinadores fizeram o Brasil voltar atrás”, lamentou.
Requião disse que viu no Senado durante a votação da Lei Geral da Copa alienação e irresponsabilidade. “Liberaram as bebidas dos patrocinadores da FIFA. Não defenderam a sua liberdade de consumo, mas defenderam os negócios da FIFA”, pontuou.
Na opinião do senador, a liberação da venda de bebidas nos jogos da Copa de 2014 foi uma regressão, além de leviana. Requião votou contra e disse que foi uma “irresponsabilidade do Governo e do Congresso Nacional”. Essas regras também valem para a Copa das Confederações de 2013, que será realizada no Brasil. O texto que vai agora à sanção presidencial possui 10 capítulos e 71 artigos.

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