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Requião vota pelo fim de coligações nas proporcionais

Requião vota pelo fim de coligações nas proporcionaisO senador o Roberto Requião, membro titular da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, votou, nesta quarta-feira, 29, pelo fim das coligações nas eleições proporcionais. Declarando-se a favor da “absoluta liberdade de organização e expressão dos partidos”, Requião disse que “essa liberdade não pode ser confundida com comércio” em que, às vezes, se transformam as coligações. Para ele, um dos grandes avanços que se pode ter reforma política em discussão no Senado é a proibição das coligações nas eleições para vereador, deputado estadual e deputado federal.Junto com o fim das coligações, Requião apoiou ainda a idéia de se proibir a soma de tempo nas coligações majoritárias “Com isso, evitaríamos também a possibilidade de pequenos partidos venderem tempo para os partidos maiores, nas coligações para as eleições de presidente da República, governadores e senadores. Haveria a coligação, mas não o acréscimo de tempo no horário eleitoral gratuito”, disse. Ao defender na CCJ o fim das coligações nas eleições proporcionais, Requião afirmou que essa proibição pode fortalecer os partidos. “O partido só avança com o convencimento do eleitor, com a divulgação e defesa de suas idéias, com a sua vinculação aos interesses populares e nacionais”.ReferendoO senador Roberto Requião votou ainda a favor da realização de referendo, para aprovar ou não a reforma política que for aprovada pelo Congresso. “Temos que ouvir os brasileiros, são eles, em última instância, que vão aprovar ou rejeitar a reforma que o Senado está debatendo”, disse o senador.“O referendo vai ser uma espécie de freio de arrumação na reforma política aprovada pelo Congresso. O brasileiro poderá julgar a reforma sem o vezo corporativo dos parlamentares, sem a maioria eventual dos partidos. Queremos ver aprovada uma reforma para a nação e não para a próxima eleição “, disse Requião. Além do que, o senador afirmou que é sempre pedagógico “ouvir a população, recolher dela suas opiniões e insatisfações”. A proposta de referendo foi aprovada pela maioria dos membros da CCJ.