A edição deste mês da revista “Caros Amigos” traz quatro páginas de entrevista com o senador Roberto Requião (PMDB/PR). Ao repórter Frédi Vasconcelos, Requião falou sobre eleições, economia, meios de comunicação, seu projeto de direito de resposta e sua atuação parlamentar. E confirmou: é pré-candidato ao Governo do Paraná e não vai poupar ninguém.
“O direito de resposta não é um julgamento do que se diz, é o contraditório, como existe numa ação judicial. Se amanhã eu te processo por alguma coisa, não é aceitável que o juiz apareça e diga que você não tem direito de responder. Sem contraditório não há democracia”, disse sobre seu projeto de direito de resposta, aprovado por unanimidade no Senado, aguardando votação na Câmara dos Deputados.
Requião defendeu o financiamento público de campanha, mas também doações individuais de até R$ 1 mil. E criticou a reforma política do Senado que permite a doação de empresários sem identificação até o fim das eleições. “Uma reforma dessas tem que ser feita por uma constituinte, por grande pressão popular. Eu estou propondo a radicalização da democracia, o povo tem que se manifestar, tem que se organizar, gritar, tem que se politizar e pressionar o Congresso e o Executivo também”, afirmou.
Sobre o governo da presidente Dilma Rousseff, o senador criticou medidas econômicas como o aumento de juros e criticou, privatizações e o domínio do capital, e reforçou a importância do comércio entre países do Mercosul. “O governo perdeu o foco”, disse referindo-se à política econômica. Mas ressaltou que continua apoiando o governo devido à política social. “Eu vejo o PT como melhor que os outros, ao mesmo tempo em que eu acho que é muito pouco”.
Paraná – “O Beto é um predador, um governador que quer tomar empréstimo para fazer a festa na véspera da eleição. E para pagar isso ele vai subir tarifas de água, luz, de Detran e vai subir impostos. Eu sou senador do Paraná e minha obrigação é cuidar do Estado”, disse sobre o governador Beto Richa.
Requião confirmou que é pré-candidato ao Governo do Paraná, mas que vai se apresentar na convenção nacional do PMDB à presidência da República para apresentar um projeto ao país, estabelecer um contraponto. “Vou cumprir o meu papel crítico de senador e acho que estou colaborando com o governo, ao contrário dos que louvam as besteiras que está fazendo. Acho a tia Dilma melhor que os outros, nas longe daquilo que acho que ela poderia ser”, explicou.
“Meus votos (no Paraná) são consolidados, de quem foi governador três vezes, de quem é conhecido pelo que fez e o que não fez. Odiado por uns, admirado por outros. Se eu fizesse uma disputa com a Gleisi (Hoffmann), ela teria os votos que ela teve (para o Senado) menos os meus. Isso pode ser muito mais que pouca coisa. Mas eu não aceito mais isso, eu não vou ser candidato para ser massacrado pelo Beto, com milhões de financiamentos de campanha, e a Gleisi no meio para realizar um segundo turno. Eu sou candidato se for para fazer a crítica por inteiro, não vou poupar ninguém”.
Página IncialNotíciasRevista “Caros Amigos” deste mês traz quatro páginas com Requião