Senado tem provas concretas para evitar recondução de Bernardo Figueiredo
“Que interesses podem estar atrás da questão da ANTT?”, questionou o senador Roberto Requião (PMDB/PR) no seu pronunciamento de rádio desta quarta-feira (07). Assim que o nome de Bernardo Figueiredo foi apresentado para ocupar a diretoria da Agência Nacional Transportes Terrestres (ANTT), Requião apresentou uma série de denúncias contra Figueiredo.
“Como assessor da Rede Ferroviária Federal ele modelou a privatização e depois, inusitadamente, passou para o outro lado e assinou o termo de concessão como representante da Interférrea, uma empresa privada que mais tarde se transforma na ALL”, disse Requião.
O senador também lembrou que Bernardo Figueiredo foi presidente da associação nacional dos empresários privados de estradas de ferro anteriormente estatais e depois privatizadas.
“Eu já demonstrei a exaustão que Bernardo Figueiredo não fiscaliza a ALL. Ele tem mais de 700 fiscais e a ALL tem 40% da rede ferroviária nacional. E ele destacou apenas quatro fiscais e proibiu os fiscais de utilizarem um bloco de multas, de multarem”, afirmou o senador.
Ele também cita o fato de Figueiredo prestar serviços ao setor privado em detrimento do sistema ferroviário brasileiro. “Já demonstramos que 2/3 da rede ferroviária brasileira privatizada desapareceu, foi destruída, não funciona. E agora o Tribunal de Contas da União manda um relatório ao Senado mostrando que não existe fiscalização no sistema ferroviária do Brasil”, destacou.
Mesmo com todas estas informações, a base do Governo Federal no Senado insiste na recondução de Bernardo Figueiredo à diretoria-geral da ANTT. “O que há por trás disso? O Senado Federal vai militar a favor do interesse do povo brasileiro ou está defendendo alguma coisa inconfessável?”, perguntou Requião.
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