Qual o projeto de país definido pelo arcabouço? *Gilberto Maringoni* outraspalavras.net/mercadovsd… Leia com atenção!

Cerca 2 anos atrás from Roberto Requião's Twitter via Twitter for iPhone



Página IncialSem categoriaSenadores aprovam retirada do nome de Filinto Müller da ala do Senado

Senadores aprovam retirada do nome de Filinto Müller da ala do Senado

Senadores aprovam retirada do nome de Filinto Müller da ala do Senado

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou a retirada do nome de Filinto Müller da ala do Senado que o homenageia. A iniciativa foi da senadora Ana Rita (PT/ES), que gostaria de batizar a ala com o nome do ex-senador Luiz Carlos Prestes. No entanto, por sugestão do senador Inácio Arruda, o processo foi dividido em duas etapas: retirada do nome de Müller e escolha do novo homenageado.
A solução de consenso recebeu o apoio do presidente da CE, Roberto Requião (PMDB/PR), e dos senadores Ana Rita, Cristovam Buarque (PDT/DF), Paulo Paim (PT/RS), Paulo Bauer (PSDB/SC) e Anibal Diniz (PT/AC). A matéria segue, agora, para análise pela Comissão Diretora do Senado.
O ex-senador Filinto Müller, que dá nome a uma das alas de gabinetes no Senado, colaborou com as duas ditaduras que governaram o Brasil com mão de ferro no século 20. Como chefe de polícia, na ditadura Vargas; e como líder político, na sustentação do regime dos generais.
Ele personificou a repressão violenta aos movimentos de oposição a Getúlio Vargas, principalmente comunistas, mas também integralistas. Em 1932, exerceu papel de destaque no combate à Revolução Constitucionalista de São Paulo. Logo em seguida, assumiu a temida Polícia do Rio de Janeiro (então capital), cargo que ocupou até 1942.
A perseguição aos opositores de Vargas gerou acusações de tortura e assassinatos. A atuação de Filinto Müller é citada, por exemplo, no episódio de deportação da mulher do líder comunista Luís Carlos Prestes, a judia alemã Olga Benário, que, mesmo grávida, foi entregue à Alemanha, onde seria morta no campo de concentração nazista de Bernburg.
A propósito, são frequentemente mencionadas as relações entre Filinto Müller e o regime de Hitler. Em 1937, durante o auge da popularidade do füher, visitou a Alemanha, onde se encontrou com o chefe da polícia política nazista, Heinrich Himmler.
As primeiras derrotas dos alemães na 2ª Guerra significaram a perda de prestígio de Filinto Müller. A gota d’água foi a tentativa de impedir manifestação pró aliados no Rio de Janeiro, em 1942. O movimento ocorreu, a despeito das ações do chefe de polícia, e com grande apoio popular, o que abriu uma crise no governo e a demissão de Müller.
Arena – Em 1947, Müller conquistou uma cadeira no Senado por Mato Grosso. Foi reeleito em 1955 e 1962. Com o Golpe de 1964 e a cassação dos direitos de inúmeros políticos e a implantação do bipartidarismo, Filinto Müller filiou-se ao partido da ditadura, a Arena. Pela legenda, reelegeu-se mais uma vez em 1970.
Filinto Müller foi um dos parlamentares mais importantes no apoio ao Regime Militar, ocupando a liderança da Arena e do governo no Senado. Em 1973, assumiu a Presidência do Senado. Morreu num acidente aéreo em Paris, em julho do mesmo ano.
(Com informações da Agência Senado e Centro de Documentação da Fundação Getúlio Vargas)